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Novo teste de rastreio ocular detecta autismo em bebês em 15 minutos com 80% de precisão

A avaliação, chamada EarliPoint Evaluation, foi criada pelos neurocientistas Warren Jones e o brasileiro Ami Klin, diretor do Marcus Autism Center, em Atlanta

Publicada em 20/05/2025 às 14:04h | Foz ao Vivo 

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Novo teste de rastreio ocular detecta autismo em bebês em 15 minutos com 80% de precisão
 (Foto: Shutterstock)


Uma nova e promissora ferramenta aprovada em janeiro nos Estados Unidos pode transformar a identificação precoce do autismo. Desenvolvido por cientistas da Universidade Emory, um inovador teste de rastreamento ocular promete detectar sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em bebês em apenas 15 minutos, com uma precisão de 80%, especialmente em casos de alta necessidade de suporte.

A avaliação, chamada EarliPoint Evaluation, foi criada pelos neurocientistas Warren Jones e o brasileiro Ami Klin, diretor do Marcus Autism Center, em Atlanta. O grande objetivo é antecipar diagnósticos, permitindo que crianças recebam apoio e intervenções em fases cruciais de seu desenvolvimento. "A maioria dos pais de crianças com autismo relata ter tido preocupações antes do segundo aniversário, mas a idade média de um diagnóstico nos EUA é de 4 a 5 anos", destaca Jones, ressaltando a urgência de um método mais rápido.

O exame é indicado para bebês entre 16 e 30 meses. Durante o processo, as crianças assistem a 14 vídeos curtos enquanto câmeras de alta tecnologia monitoram o movimento de seus olhos. O sistema analisa em tempo real os padrões de atenção, comparando reações típicas e atípicas. Ami Klin explica que a maneira como crianças com autismo reagem aos vídeos é "notavelmente diferente": "elas olham para outros lugares, muitas vezes para objetos em vez de pessoas, e perdem milhares de oportunidades de aprendizado social".

Estudos reforçam que crianças com desenvolvimento típico focam naturalmente em rostos e interações humanas, enquanto aquelas com autismo tendem a se fixar em objetos, ignorando elementos sociais essenciais.

O equipamento para realizar o teste tem um custo aproximado de US$ 7 mil (cerca de R$ 40 mil), e cada exame custa US$ 225 (aproximadamente R$ 1,2 mil). Ainda não há previsão para a chegada da tecnologia ao Brasil.

Warren Jones enfatiza que testes objetivos com biomarcadores, como o rastreamento ocular, são cruciais para acelerar o acesso a tratamentos. Contudo, Ami Klin alerta para as barreiras persistentes: "Há famílias cujos filhos testaram positivo para autismo e ainda assim não conseguem ter acesso a um diagnóstico".

A situação é ainda mais grave para crianças de minorias sociais. John Constantino, professor de psiquiatria e ciências comportamentais na Emory, aponta que "crianças negras que nascem com autismo, em comparação com as brancas, são diagnosticadas mais tarde, recebem diagnósticos incorretos com mais frequência, têm muito menos acesso à terapia de desenvolvimento e às intervenções educacionais necessárias e têm o dobro da taxa de deficiência intelectual associada". Ele ressalta que nove meses de terapia para uma criança com autismo severo podem resultar em um avanço de sete pontos nos testes de QI, evidenciando o impacto do acesso precoce ao tratamento.

Fonte: R7




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