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Itaipu tem uma das energias mais baratas do país após quitação da dívida, afirma diretor em audiência no Senado

Além de garantir energia barata, Itaipu desempenha papel estratégico na segurança operativa e contribui para o equilíbrio do sistema elétrico nos horários de maior demanda

Publicada em 04/11/2025 às 13:02h | Foz ao Vivo 

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Itaipu tem uma das energias mais baratas do país após quitação da dívida, afirma diretor em audiência no Senado
 (Foto: William Brisida/Itaipu Binacional)


A energia produzida pela Hidrelétrica de Itaipu é uma das mais baratas do país, resultado da quitação integral da dívida de construção da usina em fevereiro de 2023. A informação foi repassada nesta terça-feira (4/11) pelo diretor financeiro executivo da Itaipu Binacional, André Pepitone, durante audiência pública da Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado Federal. 

A reunião foi conduzida pelo senador Esperidião Amin (PL-SC), autor do Projeto de Lei nº 1.830/2025, que propõe limitar a US$ 12 por quilowatt o preço cobrado das concessionárias brasileiras pela energia produzida por Itaipu. Também participaram da sessão os senadores Marcos Rogério (PL-RO) e Rogério Carvalho (PT-SE).

Pepitone representou oficialmente a Itaipu Binacional e apresentou dados técnicos e econômicos sobre a competitividade da energia da usina e os riscos da proposta. Segundo o diretor, o preço da energia de Itaipu é fixado por normas binacionais, estabelecidas no Tratado de Itaipu (1973) e no Anexo C, acordos internacionais firmados entre Brasil e Paraguai. 

“Com a quitação da dívida, Itaipu reduziu significativamente sua tarifa e se tornou uma das fontes mais competitivas do mercado regulado. Essas reduções garantem modicidade tarifária, beneficiando milhões de famílias brasileiras da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste”, afirmou o diretor financeiro. 

Conforme os dados apresentados na audiência, a tarifa de repasse da energia de Itaipu - caiu de US$ 27,86/kW.mês em média até 2022 para US$ 17,66/kW.mês no ciclo 2024–2026, permanecendo fixada até o fim do período. O acordo firmado entre os dois países permitiu redução de 36,6% neste valor. 

Quanto ao custo médio da energia de Itaipu para a distribuidora CPFL Piratininga (SP), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou em outubro o valor de R$ 221,30/MWh, inferior até mesmo ao das usinas cotistas da Lei nº 12.783/2013 (R$ 222,59/MWh) e 28% abaixo do ACR médio do mercado regulado atual (R$ 307,29/MWh).  

Pepitone destacou que impor limites inferiores ao valor custo do serviço de eletricidade vigente, estabelecido em US$ 16,71/kW para o período de 2023 a 2026, poderia gerar prejuízo operacional à ENBPar, empresa 100% controlada pela União e responsável pela comercialização da energia de Itaipu no Brasil.

Segundo ele, ao se estabelecer um limite inferior ao preço binacional, a ENBPar ficaria impossibilitada de repassar integralmente os custos de aquisição da energia, o que acarretaria um déficit que inevitavelmente repercutiria sobre:

a) a tarifa de energia, sob regulação da ANEEL;

b) o Tesouro Nacional, dada a natureza estatal da empresa; ou

c) uma eventual revisão bilateral dos contratos de Itaipu, definidos em consenso entre Brasil e Paraguai.

Diretor financeiro executivo da Itaipu Binacional, André Pepitone. Foto: William Brisida/Itaipu Binacional.

Pepitone lembrou ainda que um dos mecanismos que deve balizar as negociações sobre os valores da energia para os próximos anos é o entendimento firmado entre os dois países em 16 de abril de 2024, segundo o qual a tarifa de Itaipu passará a contemplar apenas os custos de operação, sem incluir custos discricionários.

Itaipu é binacional por essência - não é brasileira, nem paraguaia, é do Brasil e do Paraguai. Assim, a definição do valor da energia produzida por Itaipu nos impõe o dever de buscar sempre o consenso e o diálogo, que são as bases de todas as decisões e conquistas da Entidade. 

Além de garantir energia barata, Itaipu desempenha papel estratégico na segurança operativa do Sistema Interligado Nacional (SIN), gerando energia para o Sudeste, região com o maior consumo de energia do país, e contribui para o equilíbrio do sistema elétrico nos horários de maior demanda.




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