Governo do Paraguai emitiu um comunicado no qual reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela e exige a saída do país do embaixador Ricardo Capella e do pessoal diplomático credenciado no Paraguai.
As medidas foram comunicadas após a decisão do governo venezuelano de romper relações diplomáticas com o Paraguai e retirar o seu pessoal diplomático.
O Governo, em sua declaração, “ratifica o apoio firme e enérgico do Paraguai ao direito do povo venezuelano de viver em democracia”.
O presidente Santiago Peña realizou na noite de domingo uma videoconferência com Edmundo González, vencedor das eleições presidenciais de julho na Venezuela, e com María Corina Machado, principal líder da oposição ao regime de Nicolás Maduro.
Durante a conversa, o Presidente Peña ratificou o seu apoio à democracia e à vitória de González Urrutia como presidente. Indicou que análises internacionais independentes do processo eleitoral e da contagem de votos mostraram que o candidato da oposição foi um vencedor claro das eleições presidenciais de Julho do ano passado.
Em declaração posterior, o chanceler Rubén Ramírez informou que o Paraguai não reconhece os resultados apresentados por Nicolás Maduro como vencedor das eleições de julho devido à falta de suporte documental que suporte os dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) daquele país, uma vez que as cópias dos registos eleitorais apresentadas pela oposição os contradizem.
O Paraguai restabeleceu relações com a Venezuela em novembro de 2023 "como uma demonstração de apoio ao processo de restauração democrática naquele país, após a assinatura do Acordo de Barbados em outubro desse mesmo ano. O referido acordo, assinado entre a oposição e o regime de Nicolás Maduro, teve como objetivo lançar as bases para garantir eleições livres e transparentes", continua o comunicado.
Dado o cumprimento por parte do governo Maduro dos termos do acordo para eleições livres e transparentes, o Paraguai não efetuou o credenciamento do seu representante diplomático na Venezuela e condenou a proibição das candidaturas dos líderes da oposição.
Fonte:IP