A Prefeitura de Foz do Iguaçu está reforçando estratégias de monitoramento e de capacitação das equipes de saúde para conter o avanço da dengue e outras arboviroses, como a zika e a chikungunya. Desde o início do ano epidemiológico, em agosto de 2024, equipes da Vigilância Epidemiológica acompanham rigorosamente todas as notificações registradas no Sistema de Informação Nacional (SINAN), assim como os casos graves compartilhados por hospitais locais.
Com um total de 4.657 casos notificados, o município enfrenta um cenário que exige vigilância constante. Entre as notificações, 344 casos foram confirmados até o momento, enquanto 2.823 foram descartados. O restante segue em análise, aguardando encerramento ou resultado de exames pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Conforme o boletim atualizado na última segunda-feira (06), a maioria dos casos confirmados ocorre em mulheres. A faixa etária mais acometida na população geral é de 20 a 34 anos, refletindo o maior grau de exposição dessa população, que inclui trabalhadores em deslocamento constante. O Distrito Sanitário Leste apresenta o maior número de confirmações, embora todos os distritos tenham registros da doença.
De acordo com Priscila Paiva Cabral, enfermeira da Vigilância Epidemiológica, há um esforço integrado para garantir o atendimento adequado aos pacientes mais graves. “Trabalhamos com planilhas compartilhadas entre a Vigilância com os hospitais para monitorar pacientes suspeitos de dengue que estão internados. Isso possibilita uma resposta mais ágil e coordenada”, explica.
Além do monitoramento, o Município realiza reuniões semanais do Grupo de Trabalho (GT) de Dengue e Arboviroses, envolvendo coordenadores, diretores e profissionais de saúde. O Comitê de Dengue, que se reúne mensalmente, também desempenha papel crucial na definição de estratégias e ações específicas para o enfrentamento da doença.
Capacitação e prevenção
Uma das frentes de atuação é a capacitação técnica de profissionais de saúde. “Em outubro de 2024, realizamos treinamentos para multiplicadores de serviços públicos e privados. Nosso objetivo foi reforçar o manejo clínico, sensibilizar sobre a importância da notificação de casos suspeitos e garantir o acompanhamento adequado dos pacientes”, detalha Priscila. Essa estratégia será intensificada nos próximos meses, para garantir um atendimento cada vez mais eficiente aos usuários da rede municipal de saúde.
Essas capacitações seguem as diretrizes do Guia de Manejo Clínico da Dengue, do Ministério da Saúde, e buscam uniformizar os atendimentos na rede pública e privada. A Prefeitura também segue investindo na vacinação contra a dengue, disponível para adolescentes de 10 a 14 anos, conforme as orientações nacionais.
Controle vetorial e engajamento comunitário
Outro ponto central no combate à dengue em Foz é o controle vetorial. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realiza visitas frequentes a imóveis para orientar moradores e eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti. Mutirões de limpeza também têm sido organizados em áreas estratégicas da cidade.
“Essas ações precisam do engajamento da população. Nossa equipe atua constantemente para sensibilizar os moradores sobre a importância de eliminar possíveis focos do mosquito. É um trabalho conjunto entre gestão e comunidade”, afirma a enfermeira.
Avanços tecnológicos e monitoramento contínuo
O Município também vai reforçar o investimento em tecnologia para fortalecer o monitoramento dos casos e a análise de dados. Reuniões semanais permitem ajustar as estratégias à medida que novos registros são confirmados. “Nosso objetivo é consolidar um sistema de vigilância eficiente, que permita respostas rápidas e minimize os impactos da dengue na população”, reforça Priscila.
Com o boletim epidemiológico atualizado, a Prefeitura de Foz do Iguaçu reafirma o compromisso de conter a doença, priorizando o atendimento aos pacientes, a capacitação dos profissionais e o controle de vetores. As próximas semanas serão decisivas para avaliar o impacto das medidas implementadas e garantir a proteção dos iguaçuenses.
Fonte: PMFI
